PALPITAÇÕES EM DESORDEM

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Batimentos acelerados nem sempre têm origem no coração. Algumas vezes, podem surgir como sinal de doença grave, em outras, apenas pela emoção. Entender e prevenir são as atitudes mais importantes



'Coração saindo pela boca', nem sempre é força de expressão. Muitas vezes, o ritmo acelerado dos batimentos cardíacos é tão intenso que causa a sensação de que o coração quer sair do lugar, pela passagem mais próxima, ou explodir por dentro. A expressão pode ser exagerada, mas o risco costuma ser muito sério se não levados em consideração alguns sinais de desordem. 

O ritmo do batimento cardíaco considerado normal é de 60 a 100 bpm. O aumento dos batimentos, com a aceleração desse ritmo é chamada de taquicardia sinusal. (acima de 100 bpm). Outros tipos de ritmos podem ser desencadeados por curtos circuitos na eletricidade do coração. Estes distúrbios cardíacos, de um modo geral, são chamados de arritmias, ou palpitações. 

Dr. Pedro Krauze
Na maioria das vezes, se essa situação acontece apenas eventualmente, não haverá grandes consequências. De acordo com o médico cardiologista, Pedro Krauze, situações de estresse podem resultar na aceleração dos batimentos. Ele explica que, em momentos de tensão, por exemplo, o organismo fica em alerta de perigo e isso faz com que seja liberada mais adrenalina na corrente sanguínea, além de outras substâncias análogas, que aumentam a capacidade de defesa do corpo. "Ficamos com tudo 'a mais': mais força, mais atenção, melhores reflexos, mais atentos e, também, com mais batimentos cardíacos e maior pressão arterial", ilustra.

Nesse tipo de desordem, o especialista considera que as arritmias são breves, desaparecem espontaneamente e não representam risco à saúde. No entanto, se o ritmo acelerado for constante, poderá conduzir à falência cardíaca congestiva. Arritmias graves, muitas vezes, ocorrem em decorrência de infartos do miocárdio, assim como doenças do coração e sistêmicas (de outros órgãos). "Outras duas doenças, não cardíacas, e que são relativamente comuns, também podem aumentar o batimento cardíaco, como a anemia e o hipertireoidismo (aumento da função da glândula tireoide)", exemplifica. 

COMO SE PROTEGER

As arritmias têm, quase sempre, um padrão de benignidade. Todavia, algumas podem, eventualmente, apresentar risco à vida. Quando um paciente sofre constantemente de taquicardia, nem sempre fica exposto a algum risco. O cardiologista comenta que, geralmente, o que ocorre é apenas um desconforto, mas, mesmo assim e, principalmente, quando o problema for apresentado com frequência, o correto é procurar um médico para verificar se tem alguma causa específica e, com isso, iniciar o tratamento, tão breve seja possível. "Essa aceleração pode ser sintoma de alguma doença grave. Taquicardias que incomodam muito, associadas ou não ao cansaço, falta de ar ou desmaios, têm que ser investigadas", alerta o cardiologista.

Além disso, histórico familiar de morte por doença cardíaca em parentes de primeiro grau deve ser preocupação imediata e prioritária na procura por atendimento médico.


Revista Mídia & Saúde Maringá-PR | Setembro de 2015 | 
Fotos: Arquivo pessoal e banco de imagens
Produzido por: Mobi Comunicação
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