Confiança, equilíbrio e flexibilidade são priorizados em aulas de esportes radicais com muita aventura para a terceira idade
Envelhecer não é um problema para quem gosta de viver. De acordo com especialistas, não é de hoje que se sabe: independente da idade, as pessoas não devem se privar de atividades que sempre praticaram ou que tiveram vontade de praticar durante a vida. A recomendação, por sinal, é exatamente o contrário. Desde que tomadas as devidas precauções, é extremamente necessário manter o corpo em atividade, como forma de amenizar o inevitável declínio funcional do corpo. A prática de esportes radicais é um bom exemplo disso e está, cada vez mais, se popularizando, principalmente, entre o público da terceira idade.
Na UNATI, em Maringá, um grupo bastante empenhado vem se reunindo há algum tempo, como prova de que, sim, é possível viver bem e de maneira saudável praticando atividades esportivas, consideradas "arriscadas" pela maioria das pessoas.
Como funciona?
O professor de Educação Física da UEM, Giuliano Pimentel, coordena um grupo e explica que a proposta é desenvolver habilidades de equilíbrio, de modo que eles possam aprender práticas esportivas de aventura como escalada, skate, cama elástica e Slackline - modalidade de equilíbrio sobre uma fita de nylon, a uma altura de 30 cm do chão. Segundo conta, mais do que desejar que idosos virem aventureiros, eles partem do pressuposto de que idade não determina qual tipo de prática a pessoa é capaz de realizar. "Promovemos autoconfiança, equilíbrio, coordenação e flexibilidade para que eles desenvolvam essas habilidades, ainda mais quando experimentam - em níveis seguros - práticas de aventura", explica.
As aulas se iniciam em local fechado, de modo que os idosos adquiram as habilidades e, somente depois, seguem para praticar ao ar livre. Os alunos têm entre 65 e 75 anos de idade e, segundo o professor Giuliano, é muito gratificante o contato com eles, pois, "muitos chegam com receio de que farão coisas perigosas, até perceberem que existe uma forma adaptada para realizarem qualquer atividade de aventura na idade que possuem", tranquiliza.
Quem pode participar?

Em função do baixo nível de exigência das atividades e de haver todo um trabalho de preparação física antes das modalidades, não são exigidos exames médicos específicos. Porém, é necessário que o praticante não tenha histórico de fraturas decorrentes de osteoporose, hipertensos e pessoas com labirintite façam essa avaliação com seu médico, antes de iniciar as atividades.
MAIS INFORMAÇÕES:
www.unati.uem.br
(44) 3011-8995
Revista Geração i | Maringá-PR | Agosto de 2015
Fotos: Arquivo pessoal e Banco de imagens
Produzido por: Mobi Comunicação
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