Manter o equilíbrio é importante para não se machucar. Apesar de muito incômodas, as doenças que acometem o labirinto têm cura e podem ser evitadas
É comum que se use, inadequadamente, o termo 'labirintite' para classificar todos os tipos de tonturas. No entanto, é preciso esclarecer: Labirintite é uma inflamação do labirinto, com manifestações raras em que o paciente apresenta dor, além das tonturas rotatórias, perda de equilíbrio e zumbidos no ouvido. O que pouca gente sabe é que aquele mal estar mais comum, caracterizado pela sensação de desequilíbrio, é a chamada labirintopatia. De acordo com o otorrinolaringologista Luiz Alberto Mello e Costa, independente do caso, o médico deve ser consultado para um diagnóstico preciso. "As tonturas persistentes, podem causar danos emocionais ao paciente, uma vez que geram insegurança e incapacidade de realizar até as coisas mais simples", alerta o especialista.
O QUE REALMENTE OCORRE?
![]() |
Dr. Luiz Alberto Mello e Costa |
As labirintopatias são disfunções do labirinto, caracterizadas por tonturas ou não (instabilidade, sensação de cabeça pesada, zonzeiras). O tratamento pode ser medicamentoso, através de terapia de reabilitação vestibular ou manobras de reposicionamento canalicular.
Uma das mais frequentes, onde o paciente refere tonturas rotatórias ai deitar-se de lado, se levantar ou olhar para cima, com ou sem náuseas, é a vertigem posicional paroxística benigna. Trata-se de uma labirintopatia com alteração no ouvido interno e que, com o tratamento adequado, apresenta grande índice de cura, inclusive sem uso de medicação.
Entre as crises, pode haver sintomas de atordoamento, fadiga, desconforto físico, impressão de desmaio e calafrios. O que causa essas tonturas é o deslocamento de células (também conhecidas como 'cristais') que migram de sua origem e causam esses sintomas. As possíveis causas são: sedentarismo, erros alimentares, disfunção hormonal, alteração de colesterol, glicose, traumas cranianos e outros.
AVALIAÇÃO DETALHADA
![]() |
Dra. Manuela Jaeger Fernandes |
Deverão ser realizados exames clínicos, audiológicos, otoneurológicos e laboratoriais. Na avaliação otoneurológica, serão feitos testes posicionais. Segundo a fonoaudióloga Manuela Jaeger Fernandes, deve-se usar um critério rigoroso para a realização de manobras ou qualquer outro procedimento clínico, tendo em vista o tipo de alteração e condição física do paciente. No caso do reposicionamento dos 'cristais', a fonoaudióloga explica que estas, são determinadas para cada caso e realizadas em sessões diárias, variando individualmente, conforme a melhora do paciente.
TEM CURA E PODE SER PREVENIDA
A 'labirintite' tem cura, sim. O que ocorre, conforme explicam os especialistas, é que, muitas vezes, a origem da causa não está no labirinto, mas sim, em outros órgãos do corpo e isso pode tornar o processo de diagnóstico mais demorado do que se espera. "É comum encontrarmos alteração na função labiríntica em paciente com hipertensão, diabetes, problemas de coluna cervical ou problemas hormonais, por exemplo. Mas, o tratamento deve ter direcionamento de acordo com a saúde e limitação do paciente, para que haja a cura total ou parcial", tranquiliza o otorrino Luiz Alberto.
Revista Mídia & Saúde | Maringá-PR | Julho de 2015 |
Fotos: Arquivo pessoal e banco de imagens
Produzido por: Mobi Comunicação
0 comentários: