CICATRIZES NA ALMA

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Muitas vezes, as agressões verbais machucam mais que um abuso físico. Nesses momentos, é preciso procurar ajuda para que não ocorram consequências extremamente devastadoras


Agressão verbal é algo bastante comum na vida de muitas pessoas. Ela é considerada tão ou mais prejudicial que a violência física. Uma pesquisa recente apontou que 60% dos brasileiros já sofreram algum abuso emocional. Em muitas famílias, adultos repetem com os filhos as agressões verbais que viveram na infância. Em empresas, chefes transferem aos subordinados experiências ruins que tenham vivido em família. Humilhação e punições exageradas são alguns dos exemplos de agressão que, emocionalmente, deixam cicatrizes na alma e um 'coração ferido' por toda a vida.

De acordo com a psicóloga Talita Maria Marcomini, a agressão verbal é um dos caminhos encontrados pelo agressor como forma de demonstrar seu incômodo com o outro, ou com a situação. Entretanto, essa forma de se expressar perpassa os limites do respeito e da moral. As palavras utilizadas por aquele que agride são ofensivas e, na maioria das vezes, atingem justamente as feridas emocionais mais profundas daquele que é ofendido. 

Como enfrentar

Talita Maria Marcomini
Conforme considera a profissional, qualquer agressão pode deixar marcas emocionais. "No caso de agressão verbal, a intensidade dessas marcas vai depender das palavras utilizadas e da forma de expressão daquele que agrediu, assim como do vínculo que se tem entre um e outro e da forma como aquele que foi agredido receberá tal agressão", explica. 


Essas marcas podem dificultar a vida do agredido, gerando medo e insegurança, entre outros sentimentos que permearão sua vida a ponto de atrapalhar no seu dia a dia, nos seus relacionamentos e na expressão de si mesmo. A sensação de impotência é grande e, portanto, fundamental que aquele que é agredido saiba que pode mudar tal situação e, dessa forma, procurar novas possibilidades para lidar com ela. 

A psicoterapia pode ser um dos recursos para amenizar essas situações quando elas passam a afetar a qualidade de vida. No entanto, nenhum tratamento será eficaz sem o posicionamento desse indivíduo perante sua própria vida quanto à agressão. É preciso rever os relacionamentos, a história de vida, cuidar de suas feridas e, assim, poder estar de forma diferente nas relações. 

PENSE NISSO:

- As lembranças de ofensas e negligência emocional reduzem em até 30% a autoestima e aumentam em 20% a impulsividade. 

- Nem todas as palavras que machucam são 'feias'. É possível prejudicar a autoestima e, ao mesmo tempo, parecer se importar com a vítima. 

- A melhor atitude é retribuir o 'elogio' e com simpatia. Dar a sua versão do fato para poder se preservar e sair por cima.


Revista Mídia & Saúde Maringá-PR | Junho de 2015 | 
Fotos: Arquivo pessoal e banco de imagens
Produzido por: Mobi Comunicação

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