PRECISAMOS FALAR DE PRIORIDADES

By | 18:49 Leave a Comment
Você já parou para pensar no que são prioridades pra você? O que você considera mais importante se preocupar primeiro, cuidar melhor, olhar com mais atenção?

Se alguém te pergunta isso, do nada, na lata, a primeira reação talvez seja responder: “Minha família, em primeiro lugar”. Outros dirão que é a saúde, a segurança, a sanidade ou o trabalho e dinheiro. Quando se tem filhos, então, a decisão é unânime. Se você vive sozinho, pode ser que priorize sua carreira, ou sua vida social, sua casa, ou seus amigos, seus bens materiais ou tudo aquilo que você adquiriu ao longo do tempo, que escolheu a dedo com um apreço imenso, no desejo de que se tornassem, para sempre, seus pertences queridos. Caso contrário, depende. Depende do tamanho da sua disposição em aceitar que as coisas mudaram por ali.

Se você divide sua vida, sua casa e sua rotina com outra pessoa, um companheiro (a), muito provavelmente você se encontra em uma situação na qual escolheu estar – exceto se tenha sido obrigado a isso, mas daí é tema para outra conversa. Assim, é de sua total responsabilidade a definição do que é prioridade nessa nova empreitada. Se você escolheu abrir mão de sua vida de solteiro, por exemplo, é honesto que passe a se preocupar mais com a vida de casado agora, com aquilo que seja do interesse de ambos e não mais exclusivo seu. Se vocês pretendem construir um futuro juntos, o correto é que tanto um quanto o outro abra mão de alguns hábitos (ou bens) do passado para que possam priorizar novos interesses em conjunto, priorizar o bem-estar e a felicidade do outro a qualquer custo, para que ambos alcancem, em sua plenitude, a tão sonhada vida harmoniosa a dois pela eternidade. [Mesmo que nem sempre funcione ou nem todos acreditem, não há como negar, o objetivo é este. Caso contrário não faria sentido a união].

Não é aceitável que você continue olhando apenas para seu próprio umbigo enquanto o outro se preocupa consigo mesmo e com você também, ao mesmo tempo em que se preocupa com a casa, a comida, a roupa lavada, com as finanças, a saúde, a segurança, o lazer, a higiene, a limpeza, o bem-estar e a harmonia de todos. Não é saudável que nenhum ou apenas um pense no todo enquanto o outro se satisfaz com aquilo que beneficia apenas a si próprio. É preciso estabelecer novas prioridades para que ambos tenham um mínimo de conforto, paz de espírito e um objetivo único pelo qual batalhar.

É preciso pensar que uma preocupação que antes era só sua talvez não lhe pertença mais, e refletir se a mesma pode ser dividida, compartilhada ou se não irá acarretar em danos ou desconforto ao outro, o que poderia acabar prejudicando a relação de vocês. É importante se colocar no lugar do outro, em dado momento, e observar como você se sentiria se a condição fosse inversa. E, se diante de tudo você concluir que sua prioridade continua, sim, sendo prioridade, vem a parte mais difícil: saber dosar seu grau de importância diante de todas as outras prioridades que você passou a adotar como partes de sua nova vida.

É fundamental estabelecer prioridades dentro de suas prioridades. Num exercício diário mental, pergunte-se todos os dias que benefícios e malefícios suas escolhas estão te trazendo. Enumere e pondere. Se a lista número 2 for maior que a número 1, desça uma posição e, assim, sucessivamente vá descartando aos poucos aquelas que estão causando algum mal, a você ou ao outro, que não estão te ajudando em nada ou que, com o tempo, foram perdendo a importância.

Questione-se todos os dias como que o outro pode estar se sentindo com as consequências causadas pelas escolhas que você fez. São consequências positivas ou negativas? Alterou as emoções? É possível ouvir risos ou choros? Provocam raiva ou contentamento? Há indícios de desaprovação ou orgulho? Muito cuidado com escolhas egocêntricas ou egoístas. Nem sempre pensar em si mesmo em primeiro lugar é sinal de amor próprio, mas sim, do medo de se entregar aos cuidados e proteção oferecidos com carinho pelo outro.


Aliás, você se imagina feliz sozinho ou lhe agrada pensar na companhia do outro? Escolhas erradas podem resultar em uma vida vazia, sem fundamento, sem memórias, sem histórias e, portanto, bastante solitária. E você, como você gostaria de estar quando a velhice chegar?
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