Nem sempre o nome significa prognóstico ruim. Mas, mesmo que seja, não existe razão para desespero, pois, especialistas garantem que a maioria dos casos têm cura
Ultimamente, muito se ouve falar no aumento de casos diagnosticados de tumores na tireoide. No entanto, somente o que se sabe, até então, é que, aproximadamente, 50% da população poderá apresentar algum tipo de nódulo nessa glândula, em algum momento da vida. De acordo com a endocrinologista Thais Helena Hernandez Micheletti Freire, ocorre que, com o avanço tecnológico e, em especial, o advento da ultrassonografia, tem sido possível obter diagnósticos precoces e mais precisos, onde se constata que, a cada 20 nódulos diagnosticados, um pode ser maligno.
Dra. Thais Helena H.M.Freire |
Os tumores da tireoide são classificados de acordo com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) em benignos e malignos. Tumores malignos são raros e apresentam quadro clínico extremamente variável, desde aqueles com crescimento muito lento e compatível com expectativa de vida normal, até outros com péssima evolução e que causam o óbito em meses. Habitualmente, a descoberta do nódulo é acidental, feita pelo médico, pelo próprio paciente ou por sua família. Mais raramente, o problema é visto devido à presença de metástases no pescoço, pulmão os ossos. Sendo assim, na suspeita, um especialista endocrinologista deve ser prontamente procurado, uma vez que o tratamento precoce apresentará maior chance de cura.
AGRAVANTES
De acordo com a especialista, não se sabe ao certo por que os nódulos aparecem. No entanto, uma série de fatores relativos à história e ao exame físico são importantes no diagnóstico de tumor maligno (câncer). Assim, a história prévia de radioterapia na região anterior da cabeça e do pescoço, durante a infância e adolescência, está frequentemente associada à ocorrência posterior de carcinoma tireoidiano. Outro dado importante é a presença de carcinoma tireoidiano em membros da mesma família, sugerindo fator genético. "A idade também é muito importante, pois, nódulos em jovens, menores de 30 anos, têm chance maior de serem malignos, principalmente nas crianças", alerta a médica.
Em relação ao sexo, a endocrinologista ainda afirma que, geralmente, a mulher tem mais tendência ao aparecimento de nódulos, porém, quando surge nos homens, o risco de malignidade costuma ser maior.
Também é importante atentar para algumas características específicas, como: nódulo de crescimento rápido, rouquidão, nódulos de consistência endurecida e gânglios no pescoço (linfonodos cervicais). Mesmo assim, há que se manter a calma. Conforme explica a médica, "hoje, com a evolução da medicina, os diagnósticos costuma ser muito precisos, seguros e, praticamente, indolores. Atualmente, registros comprovam que cerca de 80% dos casos são curados e evoluem com uma ótima qualidade de vida", tranquiliza.
Revista Mídia & Saúde | Maringá-PR | Setembro de 2015 |
Fotos: Arquivo pessoal e banco de imagens
Produzido por: Mobi Comunicação
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