DISCRETA, MAS PERIGOSA

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Os sintomas silenciosos da doença na tireoide muitas vezes passam despercebidos, o que pode resultar em sérias complicações



Atualmente, dentre as principais preocupações com a saúde, uma das que vem tirando o sono de muita gente são as doenças relacionadas à tireoide, importante glândula localizada na região anterior do pescoço e que produz os hormônios tireoidianos, que são responsáveis pelo equilíbrio do corpo. Entre elas, as mais conhecidas são o hipotireoidismo e o hipertireoidismo. Mas, existem também as tireoidites, raramente comentadas. Essa última, refere-se, basicamente, a um conjunto de doenças que resultam na inflamação da tireoide. Pode ter origem em processos autoimunes, decorrentes de infecções virais ou, ainda, após o parto ou depois do uso de alguns medicamentos.

Dra. Ana Paula Liberati
Segundo a endocrinologista, Ana Paula Liberati, a tireoidite pode ser aguda ou crônica e apresenta etiologias muito variadas, assim como sua apresentação clínica e seus sintomas. Trata-se, basicamente, de uma inflamação das células tireoidianas causadas por inflamações ou processos autoimunes que podem causar dor intensa no local da glândula. Com o processo inflamatório, os hormônios formados na glândula podem ser liberados no sangue e surgem os sintomas como palpitação no peito, tremores e emagrecimento (vistos no hipertireoidismo). Depois disso, a glândula começa a apresentar dificuldades em produzir hormônios e surge o cansaço, o desânimo e o mal estar (comuns no hipotireoidismo).

A especialista ainda afirma que, na maioria dos casos, a glândula se recupera, volta ao seu funcionamento normal e os sintomas desaparecem dentro de alguns meses. Mas, nem sempre as etapas da doença ocorrem nessa ordem. Em alguns casos, a glândula não se recupera totalmente e mantém cronicamente a produção reduzida dos hormônios tireoidianos, evoluindo, então, para o hipotireoidismo.

Principais variações e sintomas

A tireoidite mais comum é a HASHIMOTO, causada por uma doença autoimune, um erro do sistema imunológico em que o organismo fabrica anticorpos contra as células da tireoide, gerando a destruição da glândula e redução da produção de seus hormônios. É mais comum no sexo feminino e ocorre entre familiares, indicando um fator genético.

A tireoidite SUBAGUDA não é comum, mas é facilmente diagnosticada por sua apresentação clássica. É a causa mais comum de dor na tireoide, surge após resfriados, faringites e apresenta três fases: a dolorosa, com a destruição da tireoide e liberação dos hormônios tireoidianos. Depois, surge a fase do hipotireoidismo, em que a glândula ainda não é capaz de formar hormônios e na terceira fase, a glândula volta ao normal. 

Na tireoide BACTERIANA o paciente apresenta febre, calafrios, mal estar, tireoide dolorida, quente e avermelhada. A tireoide PÓS-PARTO, que acomete de 5 a 9% das mulheres, caracteriza-se pelo excesso de produção de hormônios tireoidianos após o parto, pode durar de um a dois meses, seguido por uma fase de redução desses hormônios e depois normalização espontânea, em alguns casos o hipotireoidismo se torna permanente. 

Por fim, a tireoide induzida por MEDICAMENTOS. Amiodarona, lítio e interferon-alfa são drogas capazes de provocar enfermidade. Pacientes que usam estas medicações devem ter função tireoidiana monitorada. 


Revista Mídia & Saúde Maringá-PR | Maio de 2015 | 
Fotos: Arquivo pessoal e banco de imagens
Produzido por: Mobi Comunicação

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