INTOLERÂNCIA, ALERGIA E INTOXICAÇÃO

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Entender as diferenças entre esses problemas é um passo muito importante para preveni-los e para se alimentar bem sem consequências desagradáveis




Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil registra, todos os anos, mais de 600 mil surtos de intoxicação alimentar. Nesses números também se encontra registrada a parcela da população que sofre de alergia proveniente do consumo de alguns alimentos: de 6 a 8% das crianças e 8% dos adultos. Mesmo que muitos já tenham passado mal, com a ingestão de certos alimentos, a maioria não sabe exatamente o que ocorreu, mas, mesmo assim, é preciso alertar que tomados alguns cuidados, é possível evitar o risco ou identificar o problema precocemente, antes da reação se tornar efetivamente prejudicial à saúde.

Alergia Alimentar

Dr. Juliano José Jorge
De acordo com o médico alergista, especialista em alergologia pediátrica, Juliano José Jorge, na alergia alimentar o organismo reage através da formação de anticorpos específicos às proteínas do alimento. Ou seja, o corpo identifica o alimento como uma especie de "invasor" e a resposta imunológica é imediata. Mesmo em contato com pequenas quantidades do alimento, essas reações podem se apresentar em quadros gastrointestinais (diarreia e vômito), manchas na pele, tosse, irritação nasal ou ocular, asma, inchaço da laringe e, em casos extremos, com quadros de choque anafilático.
Com determinados alimentos pode ocorrer a anafilaxia, considerada na medicina o último nível de gravidade de um processo alérgico. "Em contato com alguma substância, vista pelo organismo como como uma espécie de inimiga, os vasos se dilatam e os líquidos extravasam, causando inchaço, os tecidos deixam de receber oxigênio, a glote fecha e dificulta a passagem de ar. Sobrecarregado, o coração para", explica o médico.
Ele recomenda maiores cuidados com alimentos como o amendoim, os crustáceos, o leite de vaca e as nozes que, com maior frequência, provocam essas graves reações.

Intolerância

Já a intolerância, se refere à incapacidade de digerir o alimento. Devido à falta ou a baixa produção de enzimas digestivas, a substância não se acumula no organismo e os sintomas se apresentam, exclusivamente, em reações intestinais que ocasionam dores abdominais, gases, diarreia, prisão de ventre, enjoo, vômito e dificuldade para ganhar peso. 

Intoxicação

Quanto à intoxicação, esse problema é causado pela ingestão de alimentos que contém organismos prejudiciais ao corpo, como bactérias, parasitas e vírus, que são encontrados, principalmente, na carne crua, frango, peixe e ovos, mas também podem se espalhar para qualquer tipo de alimento. Ainda ocorre pela ingestão de alimentos que são deixados ao ar livre ou que ficam armazenados por muito tempo e, às vezes, quando as mãos que tocam o produto não são bem higienizadas. 

MUITA ATENÇÃO!

Até o momento, não existe um medicamento específico para prevenir a alergia alimentar. Uma vez diagnosticada, são utilizados medicamentos específicos para o tratamento dos sintomas (crise) sendo de extrema importância que o paciente evite novos contatos com o alimento desencadeante. "A melhor forma de evitar é estar sempre atento aos rótulos dos alimentos industrializados, buscando identificar nomes relacionados ao que lhe desencadeou a alergia", aconselha o médico.


Revista Mídia & Saúde Maringá-PR | Abril de 2015 | 
Fotos: Arquivo pessoal e banco de imagens
Produzido por: Mobi Comunicação
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