COM AFETO E COM CARINHO

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Idosos acolhidos pela família vivem melhor, desde que haja um consenso para isso. Entenda o porquê e como agir diante das adversidades


As famílias estão cada vez menores, o número de divórcios aumentou, as mulheres mais independentes, trabalham tanto ou até mais que os homens que, por suas vezes, têm menos tempo para se dedicarem às suas casas e isso faz com que o papel da 'tradicional família' esteja sempre em segundo plano, especialmente, quando o assunto é o destino do integrante mais experiente da casa. 

Mesmo assim, não há com o que se preocupar. A realidade está aí para mostrar que tudo pode ser adaptável, mesmo quando o mundo parece não ter mais solução.

Contra fatos não há argumentos

Evalda e a mãe Ana
A dona de casa Ana Mendes da Silva, tem 82 anos, 8 filhos, 17 netos e vive muito bem sob os cuidados da família. Apesar de viver em casa, hoje, com apenas uma das filhas, a Evalda, todos os demais integrantes da família continuam presentes, dando amor, carinho e atenção, como se nada tivesse mudado. 

Dona Ana ficou viúva há pouco tempo, perdeu o esposo com quem viveu por 48 anos, devido a uma triste fatalidade. Desde então, a filha passou a tomar conta da mãe de maneira natural, sem se preocupar com o que seria dali por diante, se isso mudaria ou não sua rotina. Quando questionada por que não tem ninguém para ajudar ou se não chegou a pensar em colocar a mãe em um asilo, não sabia o que dizer, pois, segundo ela, isso nem chegou a ser uma opção. 

Com um estado de saúde regular, Ana sofre de gastrite, pressão descontrolada, colesterol alto e toma medicações para cada tipo de problema. Mesmo assim, ela e a filha vivem uma vida ativa, saem juntas, visitam os amigos, fazem compras, vão à igreja e, mesmo com limitação física, sempre que pode ainda cozinha e costura. "Eu era mais ativa, fazia mais coisas e hoje não consigo fazer o serviço da casa como antigamente. Mas, todos os meus filhos e parentes me visitam e se preocupam comigo. Sempre que alguém vem é pra sentar, conversar e tomar um café da tarde. É melhor ficar em casa, tranquila, segura e protegida", conta empolgada.

Para a filha Evalda, como dito anteriormente, sequer houve outra possibilidade. "Para mim é a melhor coisa cuidar da minha mãe, pois me preocupo muito com ela e, assim, podemos ficar sempre juntas", encerra com orgulho.

O importante é se sentir bem

Vale lembrar que a condição de morar com a família, nem sempre pode ser aplicada a todos. Existem aqueles que não têm família, assim como outros que não têm estrutura física ou financeira, por exemplo, o que faz com que o idoso precise morar sozinho ou em uma casa de repouso.

Idoso morando sozinho, contudo, pode ser um risco, uma vez que resulta em significativo decréscimo na qualidade de vida e aumento da mortalidade. Já as casas de repouso, devem ser uma decisão tomada em família, com diálogo, sem violência (física ou psicológica) e, principalmente, com a participação do principal interessado, que deverá ter o direito de expressar sua vontade de ir ou não para a instituição. 

Se essa decisão for tomada, permita que o idoso visite seu futuro novo lar, que conheça as pessoas, a casa e os cuidadores que passarão a fazer parte de sua vida. 


Revista Geração i | Maringá-PR | Agosto de 2015
Fotos: Arquivo pessoal e Banco de imagens
Produzido por: Mobi Comunicação
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