Apesar de ser considerada o 'mal do século', a doença não pode ser considerada um processo natural. Descaso e preconceito devem ser combatidos
Todo ser humano pode experimentar sintomas depressivos em algum momento. Nos idosos, a probabilidade de padecer dessa doença é ainda maior, devido às inúmeras limitações e perdas que acabam resultando em sentimentos de autodepreciação. Nessa fase da vida, outro fator agravante é a relação direta com patologias como doenças cardiovasculares, Mal de Parkinson, Alzheimer etc.
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Juliana Panizza Costa Luiz |
É comum no idoso o pensamento de desesperança, de que não há mais nada a ser conquistado ou que se esperar do futuro. Dessa forma, se concentram no passado e criam um estado de ansiedade causado pelo medo do que está por vir e da lamentação do que passou e não volta mais.
A boa notícia
É possível evitar, aceitando a vida como é e compreendendo que existem fases diferentes que precisam ser enfrentadas. Ao chegar à terceira idade, é importante que a mente seja a de um idoso, assim como já foi quando era de um adolescente. É preciso ter consciência de que o corpo já não é mais o mesmo, que só precisa de cuidados especiais e que não há problema algum nisso.
Encontrar o lado bom, entender que a grandiosidade disso pode superar as dificuldades. É nessa fase que surgem os netos, que se possui maturidade para lidar com os problemas, é quando se pode descansar sem pressa, viajar, passear e se divertir sem as preocupações que um dia foram prioridades. Assim como aconselha a psicóloga, "uma pessoa 'velha' não precisa ter uma 'mente velha', mas sim, estar sempre em busca de novas oportunidades, aprendizados, reconhecendo-se e aceitando suas limitações".
Como ajudar?
O tratamento mais indicado é o acompanhamento psicológico e, se necessário, psiquiátrico, como forma de encontrar os motivos que o levaram a ter depressão. Pessoas próximas podem ajudar acolhendo e não criticando. Apoio familiar e de amigos é extremamente importante. Quanto ao uso de medicamentos, é recomendado quando o paciente passa a manifestar problemas como falta de apetite, de higiene, de sono, risco de suicídio, risco de machucar alguém ou a si mesmo.
PRINCIPAIS SINTOMAS: Dores crônicas; falta de sono, apetite e ânimo; déficit de memória; choro frequente; pensamentos negativos; irritação; 'prazer' em ter alguma doença, comumente utilizado para chamar a atenção e receber olhares de amor e importância que lhe faltam.
Revista Geração i | Maringá-PR | Junho de 2015 |
Fotos: Arquivo pessoal e banco de imagens
Produzido por: Mobi Comunicação
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