A NOSSA VITAMINA D DE CADA DIA

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Embora contraditório, evitar a exposição ao sol também pode ser prejudicial à saúde. Saiba como usá-la a favor de uma vida saudável, principalmente, como meio na obtenção da Vitamina D



A exposição solar ajuda na produção de um componente essencial ao organismo, a vitamina D, uma importante aliada da saúde dos ossos. Os benefícios são tantos que a Sociedade Brasileira de Pediatria dobrou sua recomendação para crianças e adolescentes, alterando a dose diária indicada de 200 para 400 UIs (cada UI equivale a 0 microgramas). É por isso que a falta dela também pode causar, ou agravar, diversos problemas de saúde. 

A deficiência de vitamina D pode provocar enfermidades relacionadas à fragilidade na estrutura óssea, pode causar a osteopenia, osteoporose e uma maior incidência de fraturas e, ainda, implica no surgimento de doenças crônicas, como diabetes, doença cardiovascular, alguns tipos de câncer, doenças autoimunes, entre outras.

Em um estudo recentemente divulgado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), valores inadequados de vitamina D foram encontrados em 85% dos idosos, em mais de 90% dos idosos institucionalizados (que vivem em asilos) e em cerca de 50% da população de jovens saudáveis. Em contrapartida, a pesquisa comprovou ainda que a ingestão excessiva da vitamina também pode ser prejudicial. 

De acordo com o médico endocrinologista, especialista em metabologia, Wesley Pereira, toda pessoa que nunca toma sol deveria dosar a vitamina D, inclusive as crianças, que são comumente diagnosticadas com raquitismo ósseo. Pessoas acima de 50 anos de idade, principalmente mulheres que já entraram na menopausa, devem cuidar e se preocupar com os níveis da vitamina no organismo. 

A Fonte

O sol é a principal fonte sintetizadora de vitamina D. Porém, o uso ininterrupto de protetor solar, que protege a pele de outros malefícios causados pela radiação ultravioleta, deixa o organismo carente da vitamina que ajuda na saúde dos ossos e até da mente. A vitamina D só é absorvida adequadamente com a exposição direta ao sol, completamente livre de outras barreiras. 

Existe muita divergência quando o assunto é a exposição solar. Contudo, a maioria dos especialistas concorda é que deve haver moderação de acordo com cada caso. Se a exposição ao sol for entre as 10 e 15 horas, deve ser por pouco tempo, pois nesse horário a intensidade da luz solar sobre a pele é maior. Recomenda-se, no mínimo, 15 minutos sem proteção, principalmente nos braços e pernas. Nos horários do começo da manhã e fim de tarde a intensidade da luz solar sobre a pele é menor, o que permite que a exposição seja maior. 

Para o endocrinologista Wesley Pereira, é bastante relativo e cabe a cada um julgar de acordo com a intensidade do sol naquela ocasião e o tipo de pele, por exemplo. Ele explica que, apesar do sol do meio-dia ser prejudicial, a exposição por menos tempo e de maneira consciente não provoca danos à saúde da pele e do corpo como um todo. "É necessário balancear: no máximo 15 minutos durante o horário de pico são suficientes para absorver a quantidade exata diária da vitamina. Já em outros horários, o tempo deve ser maior, pelo dobro ou triplo de tempo, pois a incidência solar é pequena e, por isso, não fornece o ideal", explica o profissional.

O importante é lembrar que, exclusivamente para absorção da vitamina D, não se deve usar filtro solar. De qualquer forma, o risco de câncer de pele continua sendo grande, principalmente em pessoas de pele clara. Por conta disso, o especialista ressalta que a conscientização sobre o equilíbrio e não o exagero é fundamental para o corpo conseguir sintetizar a vitamina essencial para a manutenção e desenvolvimento do corpo. 

E se não der tempo?

O ideal seria "tomar doses" de sol todos os dias para obter os níveis adequados de vitamina D. Mas, como nem sempre é possível, algumas fontes presentes na alimentação podem ajudar na adequação da quantidade certa. Consumir leite e derivados, vegetais verdes-escuros ou peixes ricos em cálcio ajuda a prevenir problemas ósseos. Para suprir a ausência da vitamina D, recomenda-se consumir peixes gordurosos (salmão, atum, sardinha e bacalhau), cogumelos e gema de ovo. 

Benefícios em Estudo

O tratamento de doenças autoimunes através da regularização da vitamina D no organismo ainda é algo recente. No entanto, já é vista por muitos especialistas como um grande avanço da medicina e muitos já adotam a prática por estarem obtendo resultados significativos e bastante satisfatórios. A vitamina D age como um imunorregulador que inibe seletivamente o tipo de resposta imunológica, que é o que provoca a reação contra o próprio organismo. Algumas dessas doenças são: esclerose múltipla, artrite reumatoide e problemas oftalmológicos que podem comprometer seriamente a visão do indivíduo e para os quais o tratamento costumava ser muito difícil. 


Revista Mídia & Saúde Maringá-PR | Março de 2015 | 
Fotos: Arquivo pessoal e banco de imagens
Produzido por: Mobi Comunicação

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