BOM E MAU COLESTEROL

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Na maior parte dos casos, a mudança de hábitos e alimentação podem resolver o problema. Mas, há situações que é necessário o uso de medicação para o devido controle



De repente alguns exames de rotina constatam a presença de colesterol alto. O diagnóstico assusta, você já se imagina em dieta constante, tudo o que mais gosta de comer terá que ser banido do cardápio e começar a se sentir triste e frustrado, como se a vida tivesse chegado ao fim. Parece exagero, um drama desnecessário, mas é assim que a maioria das pessoas se sente ao receber uma notícia que 'obriga' a mudança de hábitos e comportamento. 

Conforme explica o cardiologista Carlos Alberto Castro, colesterol alterado é sinal de alerta, mas não há necessidade de entrar em pânico. Para amenizar o problema, primeiramente, é preciso entender que se trata de uma substância presente e necessária para o organismo. O colesterol participa na formação de hormônios, paredes celulares e ainda atua em diversas reações metabólicas no corpo. Todos os animais, inclusive, também o produzem, assim como os vegetais.

Como não é solúvel em água, ele é transportado ao sangue, ligado a lipoproteínas que podem ser de Alta Densidade (HDL= High Density Lipoprotein), de baixa densidade (LDL= Low Density Lipoprotein) e de muito baixa densidade (VLDL= Very Low Density Lipoprotein). Considera-se que o HDL remova os cristais de colesterol dos vasos e os transporta para o fígado, enquanto o LDL e o VLDL fazem o transporte do fígado para o corpo. 

É IMPORTANTE SABER

Dr. Carlos Alberto Costa
A Sociedade Brasileira de Cardiologia, atualmente, considera como normal uma concentração de colesterol total abaixo de 200mg/dL, sendo que: de HDL deve ser acima de 60mg/dL; de LDL deve ser abaixo de 100mg/dL (em caso de doença estabelecida a meta de LDL deve ser abaixo de 70mg/dL) e de VLDL abaixo de 40mg/dL. De acordo com o especialista, a alteração dos níveis sanguíneos de colesterol é totalmente assintomática. Ele explica que surgirão sintomas somente se a irrigação de algum sistema orgânico ficar comprometida de forma mais intensa e, com isso, provocar disfunção desse sistema. "A dosagem laboratorial do colesterol total e das frações em uma amostra de sangue é a única forma de se determinar a concentração destas substâncias no sangue", assegura o médico.

O único fator que propicia elevação dos níveis de colesterol HDL, conhecido até o momento, é a atividade física regular (de 3 a 5 vezes por semana). Já para prevenção ou controle pós-diagnóstico, hábitos alimentares e de comportamento mais saudáveis continuam sendo a melhor prescrição. Contudo, nem sempre a mudança de estilo de vida (redução de peso, abandono do tabagismo, dieta rica em fibras e pobre em gorduras, redução do estresse e exercícios com regularidade) consegue levar a uma redução efetiva dos níveis de colesterol. Quando as metas indicadas pelas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia não são atingidas, é necessário o uso de medicamentos.

É importante ressaltar, assim como enfatiza o cardiologista, que o uso de medicação para a redução do colesterol não provoca 'dependência' como muitos imaginam. O médico esclarece que a manutenção de um estilo de vida saudável deve ser sempre o objetivo de todo ser humano, independentemente de ter sido diagnosticado ou não com alguma alteração no organismo. No entanto, como o fator essencial é de origem genética, nem sempre uma vida regrada conseguirá normalizar o resultado dos exames. Nesses indivíduos, a medicação deve sempre ser mantida por longos períodos para prevenção das doenças. 

QUEM DEVE SE PREOCUPAR?



O principal fator na determinação do colesterol é genético. Por essa razão, o exame deve ser realizado em crianças quando descendentes de portadores de alterações, durante os exames de rotina com o pediatra. Sedentarismo, tabagismo, obesidade, estresse e uma dieta irregular, podem propiciar elevações adicionais de colesterol nos indivíduos predispostos geneticamente.

Adultos jovens, com menos de 30 anos, com exames iniciais normais, devem repeti-los em intervalos entre 2 a 5 anos (a critério do cardiologista que analisou os resultados). Intervalos menores estão indicados se ocorrer mudança no padrão de vida como sedentarismo, obesidade ou hipotireoidismo. Pacientes com exames alterados ou portadores de doenças já estabelecidas devem fazer exames anualmente ou mesmo em intervalos menores para confirmação da eficácia das medidas adotadas (dietas, exercícios, medicação). 

Revista Mídia & Saúde Maringá-PR | Julho de 2015 | 
Fotos: Arquivo pessoal e banco de imagens

Produzido por: Mobi Comunicação


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